Esse Sou Eu

9 de set. de 2011

Vermelho como o céu

Trabalho realizado para a matéria 
de Psicopedagogia ministrado 
pela professora Genny



Filme: Vermelho como o céu
O filme Vermelho como o Céu que conta a história real de Mirco (Luca Capriotti), garoto de dez anos que fica cego num acidente doméstico e passa a freqüentar uma escola especial, longe da família e dos amigos. O diretor Bortone utilizou-se de um elenco quase todo formado por crianças realmente cegas. Ambientado na Itália dos anos 70, Vermelho Como o Céu é um filme sobre mudanças. Mirco é obrigado a se adaptar ao mundo da escuridão, ao mesmo tempo em que cresce a própria Itália é também passa por mudanças políticas.
É possível observar que o início e fim do filme são idênticos, crianças brincando de cabra-cega, (ou algo do tipo), enfatiza o fato de crianças deficientes visuais ou não podem desenvolver as mesmas atividades, sem exclusão em função da visão.  
O Protagonista da história tem um grande interesse por cinema o que o faz ser mais sensível aos sons que o circulam, principalmente após tornar-se cego, passando pelo processo gradativo da baixa visão e posteriormente a cegueira total.
O permanência de Mirco na escola que sempre estudou foi impossibilitada visto que na Itália a permanência de crianças cegas e colégios normais só foi regularizada em 1975, é visível a dificuldade de adaptar-se a um local novo, com pessoas novas e passando uma situação como aquela. Em certo momento, ainda no ingresso do menino no colégio interno a mãe é mostrada conversando com um responsável do colégio e se demonstra preocupada com os princípios básicos de sobrevivência da garoto, ou fato que ameniza a estadia do mesmo é a sua amizade com Felice, cego desde o nascimento, e com Francesca, filha da zeladora.
Porém, o que dificulta a adaptação e permanência do jovem era à disciplina rígida do instituto dirigida por um homem insensível e totalmente tradicionalista. Utiliza-se de métodos antiquados para manter o respeito e ordem no colégio, como uma sacola com milho, após cheia a criança recebia um suposto presente.
Após os primeiros momentos de dificuldade internado Mirco encontra um gravador de rolo, no qual se concentra em sua composição esquecendo das dificuldades passadas lá dentro, seu professor acompanha e aprova um trabalho sobre As Estações do Ano, porém o diretor reprova a atitude do menino, o repreende e toma-lhe o gravador de propriedade do colégio, compadecido, o professor presenteia o jovem com um novo gravador, no qual ele sua amiga Francesca iniciam uma fantasiosa história romântica e heróica. Os dois iniciam uma pesquisa sonora com o gravador tentando melhorar as representações sonoras que podem utilizadas no decorrer da história, após certo tempos são agrupados ao grupo mais jovens internados no colégio, o que apenas agrega e auxilia na elaboração da brincadeira.
È chegado o momento de elaborar a festa de férias, na qual todos os pais são convidados a irem até o colégio e participarem de atividade desenvolvida por alguns dos internados, durante o processo de ensaios realizado pelo diretor o mesmo descobre o que os garotos estão fazendo e decide-se por expulsar o menino do instituto.
Isso gera uma gama de ações que vai de passeatas de trabalhadores e estudantes até uma atitude contrária do professor diante da decisão do diretor, o que fez com que o professor assumisse a apresentação do final de ano. A atitude do professor foi de respeitar e confiar nos seus educandos, deixando que a apresentação final a ser realizada por eles demonstrasse o resultado dos experimentos e gravações que os mesmos tinham feito em segredo no colégio. No início da referida apresentação todos os pais presentes receberam uma venda que deviam colocar nos olhos, iniciando assim uma representativa troca de lugar entre pais e filhos, fazendo com que os mesmos percebessem como seus filhos se sentem com relação a visão e a sensibilidade. O fim da peça é representado por gaivotas voando, representando a libertação, cuja qual os educandos se sentiam, se a presença do diretor ditador. 

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